O novo valor ficou com um real a menos do que foi anunciado ainda no mês de abril |
Neste último dia de 2019, o governo federal definiu, através de sua equipe econômica, o valor do salário mínimo que entrou em vigor a partir de hoje. Com o reajuste baseado nos índices da inflação acumulada no ano anterior, o salário mínimo será de R$ 1.039,00, um pouco acima do valor anteriormente estipulado no orçamento aprovado pelo congresso em novembro, que era de R$ 1.031,00.
De acordo com o DIEESE, 49 milhões de brasileiros possuem o salário mínimo como única fonte de renda. Segundo o ministro da Economia, Paulo Guedes, o modo de análise para definição do salário mínimo deve continuar sendo feita ano a ano. A política de reajustes pela inflação e variação do PIB vigorou de 2011 a 2019, mas em alguns anos o salário mínimo não subiu acima da inflação. Em 2017 e 2018, por exemplo, o reajuste não obteve ganho real, pois em 2015 e 2016 houve deflação.
O grande problema para o governo a partir de agora é buscar um equilíbrio entre o crescimento de vagas de emprego e o custo trabalhista de cada funcionário, pois em 2019 o Brasil registrou cerca de 39 milhões de pessoas na informalidade, desamparados pelo INSS por não contribuírem para a previdência, e desacobertados no caso de algum acidente ou morte.
Segundo estudos realizados pelo DIEESE e o Banco Mundial, o valor do salário mínimo no Brasil, para suprir as necessidades de alimentação, saúde, educação, moradia, transporte, moradia, vestuário, lazer e previdência, seria de R$ 4.021,39. Esse cálculo foi elaborado com base nos custos apurados em novembro do ano passado.