O cantor e compositor Genival Lacerda morreu hoje pela manhã aos 89 anos, no Recife, em decorrência de complicações da Covid-19. A informação foi confirmada pelo filho do artista, João Lacerda. O cantor foi internado no dia 30 de novembro do ano passado no Hospital Unimed I, na Ilha do Leite, na área central da capital pernambucana. Com diagnóstico do Novo Coronavírus, ele foi levado para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Segunda-feira (04/01), Genival teve uma piora em seu quadro clínico, e familiares e amigos começaram uma campanha de doação de sangue para o cantor.
Genival havia sofrido um AVC (Acidente Vascular Cerebral) em 20 de maio passado, quando foi socorrido para o Hospital D' Ávilla, também no Recife. Após três dias, o forrozeiro recebeu alta para se recuperar em casa.
Natural de Campina Grande, na Paraíba, nascido em 05 de abril de 1931, Genival Lacerda se tornou um dos grandes ícones da música nordestina, com 64 anos de uma carreira de sucesso, sempre valorizando o regionalismo e a irreverência em suas músicas. Iniciou sua vida profissional como radialista na cidade natal, mas foi em Recife que começou a despontar como cantor, gravando suas primeiras canções. Participou da fase áurea do forró no sul e sudeste, se mudando para o Rio de Janeiro, e alcançando o sucesso nacional com as famosas músicas " Severina Xique Xique, Radinho de Pilha, Mata o Véio e De quem é Esse Jegue".
Nos anos 90, Genival volta a morar em Recife, e mesmo sem emplacar novos sucessos nas rádios, manteve uma agenda movimentada com shows e entrevistas. Tornou-se uma verdadeira lenda da cultura nordestina.